sexta-feira, março 07, 2008

"Pelo o poder da verdade, eu, enquanto vivo, terei conquistado o universo." {Fausto}

Dizem que os artistas usam a mentira para dizer a verdade, enquanto os políticos a usam para cobrir a verdade. Hoje trato a vocês sobre o filme "V de vingança", baseado nos quadrinhos de Alan Moore e transformado em filme pelos irmãos Wachowski (Não! Ser do pântano, não é o Wakko dos Animaniacs), esses que foram responsáveis pela série Matrix, isso claro que muitos já sabiam, mas o que talvez um grupo grande destes não soubesse é quem é o V (personagem principal), acertou e ganhou uma balinha 7 Belo que respondeu Hugo Weaving, sim mister Anderson, o nosso querido agente Smith, que também foi Elrond, o pai da gata Liv Tyler, em o "Senhor do anéis", sim, sim, ele esta atrás da máscara de Guy Fawkes, e não como ele mesmo diz carne e ossos, tá! Em certo aspecto esta certo, mais esse coquetel de anatomia teria a faceta do agente Smith. (Eu. Eu. E eu também).


A vida de um brasileiro não é fácil não, para se conseguir a revista que baseou o filme requer grana, os impostos e tudo mais fazem com que um mero quadrinho se torne mais caro que um livro, acho que isso é algum auxílio à leitura? Será? Em fato, o mundo digital possibilita algumas façanhas que facilitam a leitura de relez mortais como nós, por isso com deus(Google) e alguns minutos Voilà! "V de vingança" na mão.

Então você não me pergunta, mas eu de qualquer forma respondo, há muitas diferenças entre a revista e o filme? Em geral posso dizer que se trata de uma bela adaptação, desta forma o roteirista esta de parabéns.

Diria que a revista é um ótimo complemento, por exemplo, quando no filme tratam dos homens dedos eles não explicam o porquê do nome, na revista são mais esclarecidos os personagens e os apelidos que elas se referem, um personagem, por exemplo, Lewis Prothero, ele era quem? A voz de Londres. Você começa a perceber que o grupo de personagens refere-se a ações.

Outro fato bem legal é que a insanidade de V é muito mais explicita nos quadrinhos, em geral a época da idealização da história faz com que ela se torne mais impactante, vou citar abaixo parte da nota que se encontra nas primeiras páginas da história escritas por Alan Moore:
“Estamos em 1988 agora. Margaret Thatcher está entrando em seu terceiro mandato e fala confiante de uma liderança ininterrupta dos Conservadores no próximo século. Minha filha caçula tem sete anos, e um jornal tablóide acalenta a idéia de campos de concentração para pessoas com AIDS. Os soldados da tropa de choque usam visores negros, bem como seus cavalos; e suas unidades móveis têm câmeras de vídeo rotativas instaladas no teto. O governo expressou o desejo de erradicar a homossexualidade até mesmo como conceito abstrato. Só posso especular sobre qual minoria será alvo dos próximos ataques. Estou pensando em deixar o país com minha família em breve. Esta terra está mais fria e hostil, e eu não gosto mais daqui!" - Alan Moore (Northampton, março de 1988)

Garanto que depois de ler esse trecho, ou melhor, ler a história em quadrinhos e depois assistir novamente o filme a história fará muito mais sentido.

A frase mais importante transmitida no filme? Que tal, pessoas não devem temer o governo, mas sim o governo deve temer as pessoas.

0 comentários: